ESSE IMPEACHMENT É GOLPE

Essencialmente, desisto de defender o governo Dilma. Tornou-se indefensável. O problema é que o impeachment trata de um juízo político e jurídico. O juízo político está evidente. Dilma não ganha mais eleição nem pra síndica. Mas pra derrubar presidente, o jurídico tem que dar base ao político. Se não, é golpe.
O motivo jurídico seriam as "pedaladas" fiscais que, segundo a oposição, configura dolo pessoal do ocupante da Presidência da República. Não vou nem dizer que desde Itamar essas "pedaladas" são feitas. Não são nem crime, aliás. Trata-se de entortar a Lei. Diversos juristas já afirmaram que tais pedaladas não podem ser aplicadas à Lei do impeachment, que é bem precisa e específica. Hoje nada menos que 8 MIL juristas subscreveram ato em defesa do mandato de Dilma. Não se tira governante porque não se gosta dele. Nem mesmo porque é incompetente. Mas se houver impedimento de Dilma pelas "pedaladas" como razão jurídica, nada menos que 16 governadores terão que ser afastados também. Fora o Michel Temer que, investigado na Lava-Jato por receber 5 milhões, assinou vários despachos relacionados. Ou seja. É uma ilegalidade atrás da outra. Ou seja, é golpe.
Quem detesta Dilma, mas não compra a narrativa da Globo já entendeu esse movimento, e sabe o perigo que corremos. O Estado Democrático de Direito foi violado em nome de interesses inconfessáveis de Eduardo Cunha, Temer, Aécio, Globo-Moro e cia. São estes os personagens que estão, nos bastidores, mudando o curso da história do país, com uma programação já estabelecida e bem orquestrada. Eles tem poder pra isso e estão se lixando para o fator "povo". Querem o golpe.
A não ser que...a não ser que dia 31 de março o povo os faça engolir seco. Daí não serão eles manipulando o curso dos acontecimentos, às escuras, com grampos e vazamentos seletivos.
Seremos nós fazendo história nas ruas, defendendo a democracia. Às claras.

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