A vida parece que anda a mil por hora - 2

Hoje estou fazendo uma espécie de faxina virtual no meu blog. Uma por uma, estou verificando cada postagem, o que escrevi, corrigindo erros de digitação (outros ortográficos mesmo), colocando tudo numa fonte mais legível, acertando os excessos e faltas de espaços entre palavras e entre parágrafos, eliminando as reticências (como escrevia com reticências, pôxa!), enfim. Ainda nem terminei, mas dei de cara com uma postagem que me fez parar pra escrever. Foi o "A vida parece que anda a mil por hora..." (com reticências, repare). Naquele então, escrevi sobre a minha despedida de Salvador no fim de 2008, após a venda do colégio do Canela e minha transferência para o colégio de Natal-RN. Engraçado ter lido corrido os diferentes momentos que vivi naquele período. 

Rever os recortes da minha vida aqui registrados, com especial ênfase no título que é agora reaproveitado, só me fez experimentar, com certa serenidade, o quão efêmera é a vida. O quão grande é a porta do futuro. Para quem não sabe, eu que não tinha a menor ideia de quando voltaria a Salvador (nem mesmo para passear), estou  cá escrevendo após quase oito meses de haver retornado e encontrado muitas daquelas mesmas pessoas às quais pretendi dizer algumas palavras de homenagem, gratidão e despedida. 


Engraçado como, apesar da juventude, pode-se conceber um amanhã tão pré-determinado. Pura ilusão.

Muita água rolou por debaixo da ponte até chegar aqui, nestas palavras que se avivam. Morei e trabalhei em Natal, comprei meu carro, fui pai neófito, casei-me com minha primeira namorada e amor de minha vida, me mudei de apartamento três vezes, fui contactado pelo colégio de Salvador/Patamares para retornar e trabalhar por aqui, retornei, trouxe minha mulher e meu filho, mostrei serviço no colégio e (ufa!), com minha digníssima esposa, toco a vida em busca por dias cada vez melhores.

Tem uma pergunta que faço toda vez que faço seleção de alguém para trabalhar comigo: "Onde você se vê daqui a cinco anos?". É uma questão clássica numa tentativa de perscrutar os sonhos das pessoas para assegurar-me de que há sintonia entre o que elas querem e o que a empresa quer. Parece até uma pegadinha da vida, pois se eu mesmo tivesse que responder essa pergunta, a cada ano ela seria uma resposta diferente. Será que me sairia bem?! É o que tento fazer a cada ano que começa.

Mas a vida parece que anda a mil por hora.

Na raça e na paz Dele,
J. Braga.

P.s.: Tenho a sensação de que voltarei a escrever várias vezes sobre esse tema (:

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